*Arretada: pessoa corajosa, valente.
Quando criança, eu me lembro do meu pai dizendo: “Engole esse
choro porque homem que é homem não chora!” Anos depois, quando comecei minha
caminhada com Cristo, descobri um Mestre que chorou quando foi ao local que seu
amigo Lázaro tinha falecido – na minha juventude, também tive o “privilégio” de
ver meu pai se emocionando a ponto de derramar lágrimas.
Vivemos em uma sociedade que se esqueceu do cavalheirismo,
que evita declarações de amor e manifestar o gosto por poesias, pois essas
coisas não soa algo másculo. E novamente olho para o Manual da Vida e leio
Cristo versando em Mateus 6.28-29: “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam
como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes
digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles”.
Palavras com belos significados tornaram-se pejorativas. Meigo
(que possui gentileza, cuja motivação se pauta na bondade) virou ofensa. Manso
(calmo, tranquilo) está associado àquele que aceita traição – lembrando que
Jesus orienta em Mateus 11.29: “Aprendam de
mim, pois sou manso e humilde de coração”. Sensibilidade
(percepção aguda, capacidade de sentir) e delicadeza (comportamento cortês, ação
que demonstra atenção) conotam automaticamente “feminilidade”. Mais uma vez,
observo um cenário e vejo todas essas características em Cristo.
Uma mulher estava sendo acusada de adultério. Segundo a lei da época, ela merecia a morte. O clima era
de tensão. Porém, Jesus mantinha a tranquilidade. Ele não elevou a voz, mas
gentilmente ensinou acerca do perdão: “Se
algum de vocês estiver sem pecados, seja o primeiro a atirar pedra nela”. (João
8.7) Um a um, os acusadores foram embora. Sua atitude compassiva e sua
delicadeza em lidar com a situação transformaram a vida daquela mulher. Aprendamos
com Ele: a coragem não consiste em atirar pedras, mas em amar ao próximo.
Gustavo M. Santos
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