“[...] Vem, e
segue-me!” (Mateus 19.21b) = Estas foram as palavras de Jesus ao jovem rico. De forma
semelhante, os Evangelhos relatam Cristo indo ao encontro de alguns discípulos
e convidando-os para caminharem com ele. Podemos ainda lembrar o momento da
ressurreição de Lázaro, quando mais uma vez é pronunciado: “Venha para fora!” (João 11.43).
O ensinamento extraído através deste primeiro verbo é que a
vida cristã começa com um chamado, um convite de um Deus que nos ama primeiro,
independente da forma como nos encontramos – sujos, frustrados ou até praticamente
“mortos”. Dizendo “sim” a este desafio, passamos a caminhar com o Mestre,
tornando-nos um discípulo-aprendiz nesta jornada.
“[...] Vão e
façam discípulos...” (Mateus 28.19a) = Este segundo verbo implica em uma
ordem para aqueles a quem foi dado o privilégio de tornar-se um filho de Deus,
e consequentemente, um discípulo de Jesus. A graça nos alcança para cumprir um
propósito; conforme João 15.16: “Vocês não
me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça”.
Apesar do imperativo, é preciso um novo “sim”, uma resposta à
assimilação desta verdade. Não apenas receber, mas estar disposto a oferecer.
Mais do que ser servido, compreender o valor do servir. Morrer para si mesmo e
viver para Deus e pelo próximo. Ser alcançado pela cruz, e em seguida,
carrega-la.
Vinde e ide. Chamado e envio. Um convite e uma ordem. Privilégio
e responsabilidade. Que o nosso “sim” a Deus não seja parcial, mas uma entrega
total, correspondendo as suas divinas expectativas; e que sempre possamos dizer: “Eis-me aqui,
envia-me a mim” (Isaías 6.8).
Gustavo M. Santos
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