sábado, 10 de agosto de 2013

Amor, via de mão única

Certa vez, perguntei a um grupo de pessoas o que significava relacionamento, e uma delas respondeu: “Para mim, é 50/50”. Pedi uma explicação acerca da definição, e ela disse: “É preciso igual doação e disposição de ambas as partes”. Constantemente, também vejo outros pensamentos semelhantes, como: dê valor somente a quem merece; ame quem te faz sorrir porque a vida e curta para gastar com quem não liga para você; entre outras frases do gênero.
Ao longo da vida, é natural que encontremos pessoas das quais nos identificamos, temos afinidade e geramos intimidade, a quem chamamos de amigo com “orgulho”; ou ainda outros que serão apenas colegas, mas que teremos grande apreço. Porém, muitas vezes nos esquecemos do mandamento escrito em Tiago 2.9a: “Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado”. Falhamos quando o assunto é EQUIDADE.
Segundo o dicionário, equidade significa: neutralidade, igualdade, imparcialidade. Basta observar as salas de aula, empresas, famílias e igrejas para enxergar uma balança desmedida no tratamento às pessoas, geralmente pendendo para quem tem mais condições de oferecer-nos algo em troca – seja financeiramente ou qualquer outro benefício. Logo, quanto maior a sua “utilidade”, maior o seu valor – e vice-versa.
Portanto, o desafio proposto através desta reflexão é que analisemos se temos cometido este erro com as pessoas ao nosso redor e possamos aprender que amar não é uma via de mão dupla, ou seja, não é uma questão de merecimento, nem uma troca de interesses. Amar é uma decisão, um mandamento que valoriza o meu próximo não pelo que ele pode me oferecer, mas pelo que eu posso oferecer a ele.
Gustavo M. Santos

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