terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vem-e-vai da vida cristã

“[...] Vem, e segue-me!” (Mateus 19.21b) = Estas foram as palavras de Jesus ao jovem rico. De forma semelhante, os Evangelhos relatam Cristo indo ao encontro de alguns discípulos e convidando-os para caminharem com ele. Podemos ainda lembrar o momento da ressurreição de Lázaro, quando mais uma vez é pronunciado: “Venha para fora!” (João 11.43).
O ensinamento extraído através deste primeiro verbo é que a vida cristã começa com um chamado, um convite de um Deus que nos ama primeiro, independente da forma como nos encontramos – sujos, frustrados ou até praticamente “mortos”. Dizendo “sim” a este desafio, passamos a caminhar com o Mestre, tornando-nos um discípulo-aprendiz nesta jornada.
“[...] Vão e façam discípulos...” (Mateus 28.19a) = Este segundo verbo implica em uma ordem para aqueles a quem foi dado o privilégio de tornar-se um filho de Deus, e consequentemente, um discípulo de Jesus. A graça nos alcança para cumprir um propósito; conforme João 15.16: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça”.
Apesar do imperativo, é preciso um novo “sim”, uma resposta à assimilação desta verdade. Não apenas receber, mas estar disposto a oferecer. Mais do que ser servido, compreender o valor do servir. Morrer para si mesmo e viver para Deus e pelo próximo. Ser alcançado pela cruz, e em seguida, carrega-la.   
Vinde e ide. Chamado e envio. Um convite e uma ordem. Privilégio e responsabilidade. Que o nosso “sim” a Deus não seja parcial, mas uma entrega total, correspondendo as suas divinas expectativas; e que sempre possamos dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim (Isaías 6.8).
Gustavo M. Santos

sábado, 10 de agosto de 2013

Amor, via de mão única

Certa vez, perguntei a um grupo de pessoas o que significava relacionamento, e uma delas respondeu: “Para mim, é 50/50”. Pedi uma explicação acerca da definição, e ela disse: “É preciso igual doação e disposição de ambas as partes”. Constantemente, também vejo outros pensamentos semelhantes, como: dê valor somente a quem merece; ame quem te faz sorrir porque a vida e curta para gastar com quem não liga para você; entre outras frases do gênero.
Ao longo da vida, é natural que encontremos pessoas das quais nos identificamos, temos afinidade e geramos intimidade, a quem chamamos de amigo com “orgulho”; ou ainda outros que serão apenas colegas, mas que teremos grande apreço. Porém, muitas vezes nos esquecemos do mandamento escrito em Tiago 2.9a: “Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado”. Falhamos quando o assunto é EQUIDADE.
Segundo o dicionário, equidade significa: neutralidade, igualdade, imparcialidade. Basta observar as salas de aula, empresas, famílias e igrejas para enxergar uma balança desmedida no tratamento às pessoas, geralmente pendendo para quem tem mais condições de oferecer-nos algo em troca – seja financeiramente ou qualquer outro benefício. Logo, quanto maior a sua “utilidade”, maior o seu valor – e vice-versa.
Portanto, o desafio proposto através desta reflexão é que analisemos se temos cometido este erro com as pessoas ao nosso redor e possamos aprender que amar não é uma via de mão dupla, ou seja, não é uma questão de merecimento, nem uma troca de interesses. Amar é uma decisão, um mandamento que valoriza o meu próximo não pelo que ele pode me oferecer, mas pelo que eu posso oferecer a ele.
Gustavo M. Santos

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Relacionamento

Esta não é mais uma jornada solitária. 
É um encontro de dois mundos que incrivelmente se complementam; 
de duas histórias que se cruzam através de um toque divino. 
É desafiador; necessário estar disposto a renúncias, 
um olhar menos egoísta, a quebra de paradigmas. 
Todavia, quando o amor se personifica, deixando de ser utopia, 
é como se todos os esforços fossem tão pequenos diante de alguém tão especial; 
é viver algo tão complexo – como uma união – de forma tão natural; 
é enxergar os defeitos que não ofuscam as qualidades; 
é enfrentar desertos apoiado em um oásis. 
Gustavo M. Santos