Conta
a história que dez homens sofriam de lepra. Esta enfermidade feria o indivíduo
das mais diversas maneiras:
*
fisicamente, já que gerava feridas mal cheirosas e purulentas que, com o tempo,
iam se espalhando e corroendo todo o corpo;
*
socialmente, porque era isolado do convívio com as outras pessoas, do qual nem
mesmo a própria família os visitava;
* emocionalmente, pois mediante a situação, não havia sonhos, futuro ou
esperança, apenas um aguardar da morte;
* espiritualmente, visto
que a doença também tinha a conotação de impureza e pecado, nem mesmo no templo
era permitido que entrassem.
Apenas
um milagre poderia transformar a situação das pessoas e exterminar a lepra de
suas vidas. E quando Cristo se aproxima, é possível enxergar a luz no fim do
túnel. A misericórdia alcança aqueles homens! Uma bela história se assim
terminasse... Mas ela continua, e o texto relata outra lepra que assolava nove
dos dez homens: a INGRATIDÃO. Apenas um voltara para agradecer Jesus, sendo
este samaritano (lembrando que este povo era rival dos judeus). Não é um
absurdo?! Eles não receberam um copo de água, mas a vida de volta!
A verdade é que temos facilidade em criticar, mas
muita dificuldade em elogiar, em sermos gratos. Costumamos colocar flores sobre o caixão e caminhar com pedras nas mãos... Você lembra quem esteve ao seu lado em
momentos difíceis da sua vida? Ou de alguém que lhe fez um favor quando você
tanto precisava? E de que forma você correspondeu essas atitudes?
O desafio que proponho é o exercício da gratidão,
dívida esta que não é pagável com juros monetários, mas com nobreza de caráter,
de espírito, de coração; porque a gratidão não é fruto da felicidade, mas a
felicidade é consequência da gratidão.
Gustavo M. Santos
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