domingo, 20 de outubro de 2013

Delicadeza e sensibilidade: coisa pra gente arretada!

                         *Arretada: pessoa corajosa, valente.

Quando criança, eu me lembro do meu pai dizendo: “Engole esse choro porque homem que é homem não chora!” Anos depois, quando comecei minha caminhada com Cristo, descobri um Mestre que chorou quando foi ao local que seu amigo Lázaro tinha falecido – na minha juventude, também tive o “privilégio” de ver meu pai se emocionando a ponto de derramar lágrimas.
Vivemos em uma sociedade que se esqueceu do cavalheirismo, que evita declarações de amor e manifestar o gosto por poesias, pois essas coisas não soa algo másculo. E novamente olho para o Manual da Vida e leio Cristo versando em Mateus 6.28-29: Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles”.
Palavras com belos significados tornaram-se pejorativas. Meigo (que possui gentileza, cuja motivação se pauta na bondade) virou ofensa. Manso (calmo, tranquilo) está associado àquele que aceita traição – lembrando que Jesus orienta em Mateus 11.29: “Aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração”. Sensibilidade (percepção aguda, capacidade de sentir) e delicadeza (comportamento cortês, ação que demonstra atenção) conotam automaticamente “feminilidade”. Mais uma vez, observo um cenário e vejo todas essas características em Cristo.
Uma mulher estava sendo acusada de adultério. Segundo a lei da época, ela merecia a morte. O clima era de tensão. Porém, Jesus mantinha a tranquilidade. Ele não elevou a voz, mas gentilmente ensinou acerca do perdão: “Se algum de vocês estiver sem pecados, seja o primeiro a atirar pedra nela”. (João 8.7) Um a um, os acusadores foram embora. Sua atitude compassiva e sua delicadeza em lidar com a situação transformaram a vida daquela mulher. Aprendamos com Ele: a coragem não consiste em atirar pedras, mas em amar ao próximo.
Gustavo M. Santos 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Perdoe-me por ser humano

Confesso que sou muito crítico comigo mesmo. A frase de uma canção do grupo musical Teatro Mágico expressa o que sinto com certa frequência: “Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior”. O apóstolo Paulo também faz um desabafo em Romanos 7.19: Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”.
Somos a imagem e semelhança do Criador, mas não somos deuses. Somos criaturas sem defeitos de fabricação, porém sujeitos a falhas, e isto revela o quão dependente de Deus nós somos, que nos guia por um caminho seguro e nos oferece o Manual da Vida para nos auxiliar em nossa jornada.
Ser humano é assimilar esta verdade: reconhecer que o Senhor nos conhece melhor do que nós mesmos, compreendendo cada uma das nossas batalhas – das quais vencemos, mas também muitas vezes somos derrotados. Sabendo disso, o versículo de 1João 2.1 nos adverte: Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
Preciosas lições são extraídas desta pequena frase: 1) O carinho pelo qual o Pai nos chama de “filhinhos” mostra inicialmente um cuidado sublime. 2) Ele nos ensina o caminho da santidade: zelar por Sua palavra que gera vida em nossas vidas; 3) O  “se” revela que “errar o alvo” – significado de pecado na língua original –  é algo que estamos sujeitos; mas (4) temos o perdão quando recorremos a nosso Advogado Celestial.
Portanto, minha oração é que através deste escrito você possa entender que Deus sabe das suas limitações e Ele não lhe pede nada além do que você possa dar. Mais do que isso, Ele oferece o perdão, de antemão, para que na sua fraqueza seja revelada a força dEle e achegando-se a Ele, você experimente da boa, agradável e perfeita vontade divina.
Gustavo M. Santos

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fraseando - sobre tecnologia

"O Ministério do Relacionamento adverte: além da falta de respeito, o celular pode causar danos ao contato interpessoal-presencial, sendo extremamente nocivo".

"TECNOLOGIA: diminuindo as longas distâncias, aumentando as curtas".

"'Click'? Prefira o 'toque'! (Click = mundo virtual; Toque = aperto de mão, abraço, contato pessoal, vida real)".

“Academia, som ambiente e várias pessoas com fones de ouvidos. Mesas de restaurantes, pais com celulares e crianças com tablets nas mãos. Viagens de carro e um dvd acoplado a cada banco do veículo. Pessoas na mesma casa se correspondendo através do computador. As conversas na sala dividem a atenção com a televisão. Mais recados virtuais e menos visitas reais. Frutos da tecnologia, que pouco a pouco vão minando o contato pessoal entre os indivíduos”. 

"Cuidado com a tecnologia. A calculadora efetua as operações, todavia atrapalha seu raciocínio matemático. O celular agenda seus contatos, entretanto mina sua capacidade de memorização. O word corrige o seu texto, mas esta facilidade influencia negativamente o seu português. O google responde as suas dúvidas, porém consome sua busca paciente pelo saber. A mídia te informa, contudo deforma-lhe o raciocínio crítico. O virtual rouba o seu tempo real..."