segunda-feira, 20 de maio de 2013

Escolhendo a melhor parte


Desde pequena, minha irmã tem um costume. Quando ela vê um bolo sobre a mesa, pega a faca e, ao invés de cortar o bolo na vertical - um pedaço - ela corta na horizontal, retirando apenas o cobertura! Essa situação levou-me a uma reflexão acerca de uma passagem bíblica descrita em Lucas 10.38-42.
A história fala de duas irmãs que recebem uma ilustre visita. Aquele que andava operando milagres e maravilhas, trazendo esperança a um povo oprimido, estava na casa delas! O texto relata que, enquanto Marta ocupava-se com muito serviço, Maria ficara sentada aos pés do Mestre, ouvindo suas palavras.
Indignada com a situação, Marta aproxima-se de Jesus e pergunta: “O senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo este trabalho? Mande que ela venha me ajudar!” E a resposta de Cristo foi: “Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela”.
Essa resposta nos traz uma advertência interessante. Vivemos dias que o tempo parece escasso. Dormimos, trabalhamos, estudamos e o tempo que resta parece insuficiente para fazermos aquilo que precisamos ou gostaríamos de realizar. Quem nunca sonhou com um dia que tivesse mais de 24 horas?
Portanto, é preciso fazer escolhas quanto a administração do nosso tempo.  Consciente disso, Davi escreve no Salmo 84.10: “Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar”. O nosso desafio nesta leitura é aprender com estes dois personagens que não existe melhor lugar para estar do que na presença de Deus. Logo, é preciso parar, deixar os afazeres e escolher pelo melhor: o relacionamento com Senhor do tempo – e da vida. Apenas isto é necessário. Esta é a melhor escolha, a que ecoará na eternidade. 
Gustavo M. Santos

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Igreja "delivery"?!


Inevitavelmente o mundo passa por transformações e a máxima é: ou nos adequamos a elas ou seremos ultrapassados, “engolidos” pelo sistema. Um exemplo básico é a indústria da música, que passou por várias fases: disco de vinil, fita cassete, cd e agora a venda de músicas através da internet – talvez alguns dos leitores nem saberão como funcionava cada uma dessas mídias. Agora pensem em tudo que é influenciado por esse mercado (lojas de eletroeletrônicos, artistas, gravadoras) e visualizará em parte o tamanho da movimentação que é gerada através das mudanças.
A igreja também tem passado por uma fase transitória. Nunca se viu tamanha abertura da mídia para a religião, mas também temos visto notícias absurdas, como o termo “evangélico não praticante” aparecendo nos dados estatísticos. Certamente o fato de você ter a oportunidade de escutar pregações via internet ou ver a igreja “delivery” acomodado no sofá de sua casa, colocando um copo com água sobre a televisão e podendo contribuir com a obra através de uma conta bancária tem influenciado muitas pessoas.
Mas a Bíblia nos instrui a agirmos de uma forma diferente. Em Hebreus 10.25 está escrito: Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros”. Isto significa que frequentar a igreja é um imperativo se quisermos ter uma vida cristã saudável. O mover começa a partir do momento que separamos aquele tempo para buscarmos a Deus e continua quando nos relacionamos com pessoas que são diferentes de nós, mas compartilham da mesma fé. Deste modo, com suas vivências e experiências individuais poderão nos ajudar a crescer e amadurecer em nossa vida com Deus. Pense nisso.
Gustavo M. Santos

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Eu não te conheço (baseado em Mateus 7.21-23)


- Eu não te conheço.
- O que?! Eu nasci em lar cristão. Meus pais, meus avós eram cristãos!
- Eu não te conheço. Eu não tenho netos, nem bisnetos. Tenho filhos.
- Mas frequentei a igreja praticamente a minha vida inteira!
- Eu não te conheço. A religião por si só não faz de você meu seguidor.
- Como pode?! Eu me formei em teologia. Cheguei a ser líder, pastor, até ser ungido apóstolo!
- Eu não te conheço. Títulos podem ter algum valor na terra, mas aqui de nada servem...
- Impossível! Falei em Seu nome. Minha igreja tinha milhares de frequentadores – você tem noção disso?! E o templo então: investi milhões naquela estrutura!
- Eu não te conheço... Eu não queria frequentadores, eu queria discípulos – compreende a diferença?! Quanto ao tamanho do templo, você era para ser a igreja! 
- Então o que me diz das minhas pregações?! Pessoas relataram que depois de ouvi-las, conseguiram comprar casas, carros e ampliar seus bens. Mudaram suas vidas!
- Eu não te conheço. Você deveria saber que meu Reino não era terreno... Mudaram, mas converteram seus caminhos?!
- O Senhor só pode estar de brincadeira! O ladrão da cruz se volta para ti no último instante da vida e o Tu o recebes. Perdoa prostitutas, drogados e todo tipo de “gentinha”, e a mim falas que não conhece?! Achei que era justo!
- Eu não te conheço e suas palavras provam que você também não me conhece. Chega! Fora daqui! Este não é o seu lugar!
Gustavo M. Santos