terça-feira, 15 de abril de 2014

Quem paga a conta?!

Se você não é filho único, possivelmente passou por alguma situação (uma briga ou um incidente) na infância da qual você falou: “Foi ele/ela quem começou...” – referindo-se a seu/sua irmão/irmã. Esta ocorrência pode ser chamada de: a síndrome de Adão e Eva. Foi essa atitude que eles tiveram ao entristecerem o Criador quando falharam em obedecê-lo. Adão disse: “Foi culpa da mulher”. Eva então replicou: “Foi culpa da serpente”. A verdade é que temos dificuldade em assumir responsabilidades, principalmente no que se refere a erros. A nossa tendência é querer sempre colocar “na conta” do outro...
Em contrapartida, existe um ditado cujo dizer é: “Quem senta na ponta paga a conta”. Então lhe faço o convite para... SENTAR NA PONTA! Isso implica em assumir responsabilidades, inclusive as que são “onerosas”. Em I Coríntios 6, Paulo faz uma dura crítica a igreja porque teve notícias de que os cristãos estavam processando uns aos outros para resolverem algumas questões, e no vs.7, ele diz o seguinte: “Só o fato de haver entre vós processos judiciais uns contra os outros revela que já estais derrotados. Em vez disso, por que não deis preferência a sofrer a injustiça? POR QUE NÃO ARQUEIS COM O PREJUÍZO?”.
Em Isaías 6.8, vemos um exemplo positivo de alguém que chama para si a responsabilidade. O profeta Isaías tem uma visão onde Deus se pergunta: “Quem enviarei [para dizer umas verdades para o povo]?”. E prontamente, ele responde: “EIS-ME AQUI. ENVIA-ME!”. Que possamos aprender com este homem a ter coragem e prontidão para “pagar as contas” que a vida nos propõe como desafio, independente de quão complicadas estas possam parecer!
Gustavo M. Santos

terça-feira, 1 de abril de 2014

União X Unidade

Em 2009, uma campanha realizada pelo Banco do Brasil utilizou como slogan: “As nossas diferenças fazem a diferença”. Ou seja, a nossa individualidade como ser humano, somada a particularidade do outro, é como um quebra-cabeça que se completa e trazem um melhor resultado para ambas as partes.
Esta é uma das brilhantes características da igreja: a capacidade de colocar em um mesmo lugar pessoas que, se não fosse o “elo divino”, jamais se encontrariam em nenhum outro local. Contudo, Cristo propõe algo além de um ajuntamento. Em Efésios 4.13a está escrito: “(...) que todos cheguemos a UNIDADE da fé”. Em João 17.23, quando Jesus ora, ele também clama por perfeição na unidade, afirmando que é isto que fará o mundo conhecê-lo.
Para falar de unidade, é interessante diferenciá-la de união. A união é uma junção; uma aliança (termo também usado para o casamento); o que subentende que é passível de separação. A unidade vai além. Em sua definição no dicionário Michaelis, encontram-se: 1. Qualidade do que é único. 2. Identidade de propósito; ação combinada de diversos agentes com a mesma finalidade.
Enfim, o que Deus anseia para nossas vidas é que sejamos UM. Não é simplesmente a soma de dois elementos, mas uma fusão onde passa a existir uma nova identidade firmada em Cristo. Somente quando enxergamos que a vitória – bem como a derrota – é mais uma questão coletiva do que pessoal, e que nosso alvo deve estar voltado para o Reino, é que estamos caminhando em direção à vontade de Deus para nossas vidas. 

Gustavo M. Santos