A
mídia é um retrato da realidade que nos encontramos quando o assunto é
relacionamento a dois. O troca-troca de casais revela a banalização do “amor”, sendo
tão raro se deparar com relacionamentos duradouros que casais com longo tempo
de vida conjugal são ovacionados e questionados sobre a “fórmula do sucesso”.
As
pessoas cada vez mais têm se envolvido com outras apenas para suprir uma
carência afetiva, para satisfazer desejos sexuais e coisas do tipo. E você
consegue perceber qual a base de atitudes como essa? O egoísmo... Isto nada
mais é do que “usar” o meu próximo para benefício próprio!
E
mesmo quando existe o consentimento de ambas as partes – ou seja: “eu te uso e
você me usa” – dificilmente não surgirão marcas de envolvimentos baseados nesse
princípio, por mais que as pessoas não admitam isso. É como colar um papel
crepom no outro e depois tentar separá-los...
Uma
frase que se encaixa neste escrito é a do livro Pequeno Príncipe, de A. S. Exupery:
“Tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas”. E quando não assumimos essa responsabilidade,
cometemos o crime mencionado no título deste, causando muitas vezes feridas,
devastando sonhos, matando o precioso tempo de alguém – tempo este que não
volta mais – por enxerga-la como um passatempo nosso... Isso é crueldade!
Gustavo
M. Santos