Quando
crianças, muitos sonham em ter superpoderes, dentre eles a habilidade de se
tornar invisível. Porém, quando crescemos, descobrimos que existem pessoas que
não são vistas, ou melhor dizendo, são ignoradas: mendigos, pessoas com
deficiência, idosos, entre outros. Então, reconhecemos que não é tão interessante
assim ser invisível.
Este
não é um problema atual. Nos Evangelhos é possível encontrar vários exemplos de
pessoas que viviam a margem da sociedade sem ser notadas. Em Marcos 10.46-52, a Bíblia relata a
história de um mendigo cego chamado Bartimeu. Ele estava sentado à beira do
caminho no seu local aonde pedia esmolas, como de costume.
Aquele
era um dia aparentemente comum, mas aquele homem ouviu que Jesus estava
passando próximo a ele. Imediatamente, ele começou a clamar por misericórdia.
Foi repreendido, afinal o que Cristo iria querer com um “invisível”? Mas
Bartimeu, de alguma maneira, enxergava mais do que as pessoas que acompanhavam
o Mestre, e não se calou. Foi então que, mesmo em meio às repreensões, Jesus
ouviu o seu clamor, lhe chamou, curou sua cegueira e transformou sua vida.
Quais
aprendizados existem neste relato? Primeiro: um dia com Deus nunca é um dia
comum. Outra verdade é que o Senhor não faz distinção entre as pessoas. Sua
prontidão aos que O buscam é permanente. E ele nos diz em João 13.15: “Porque eu vos
dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também”.
Portanto, o desafio proposto através deste
escrito é que você siga os passos do Mestre. Que os seus ouvidos ouçam os
gritos – muitas vezes, silenciosos – de socorro, que os seus olhos enxerguem os
necessitados, que a sua voz proclame transformação e que suas mãos estendam em
favor do próximo.
Gustavo M. Santos